UFRN forma mais de 1800 gestores da saúde em todo o Brasil

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Referência no mundo, o Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro se propõe a ser universal, assegurando atendimento público, gratuito e de qualidade. Um dos fatores para cumprir o seu propósito é a gestão, que exige qualificação e conhecimento desta área complexa. Desde 2013, um projeto da UFRN tem ajudado estados e municípios a qualificar seus gestores e promover melhorias significativas na atuação das equipes em território nacional. Em sete anos, já foram atendidas 1.822 pessoas em 712 municípios.

O curso a distância de Especialização e Aperfeiçoamento em Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, criado pela equipe do Observatório de Recursos Humanos (Observatório RH/UFRN) e localizado no Núcleo de Estudos da Saúde Coletiva (NESC/UFRN), consiste em problematizar atos diários e normalizados pelos gestores de saúde. O objetivo é que, com essa problematização, os alunos consigam mudar suas práticas e consigam otimizar a força de trabalho.

Em parceria com o Ministério da Saúde, o curso tem duração de dez meses e um livro composto por quatro unidades, com textos e atividades práticas. "O livro é como uma conversa com o aluno. 'Vai lá no seu serviço, procure esse dado, traz pra gente', e assim voltamos a discutir com ele", conta a professora Janete Castro, coordenadora do projeto. Com essas atividades, o aluno consegue aprender o conteúdo, problematizando-o no seu trabalho. "Quando trabalhamos em uma perspectiva de extensão, qualificando alguém que está na atuação do serviço e se deparando com todas as dificuldades que essa pessoa tem para estar naquele processo de qualificação, com todas as suas resistências e com hábitos criados no serviço, buscamos conseguir que o aluno do curso ressignifique aquilo e modifique sua prática", acrescenta Janete.

A atividade final para encerrar o curso, o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) consiste em criar um projeto de intervenção que possa ser aplicado na unidade de trabalho. Alguns deles já foram até acatados e implantados no SUS. "Fazer o curso me proporcionou enxergar no meu município realidades que eu posso modificar. Fazer a ponte entre academia e trabalho foi de grande valia. Esse é o grande diferencial do curso: pegar a teoria e fazer a aplicabilidade dela na prática", diz Matheus Moutinho, coordenador de Vigilância em Saúde, em Recreio, no estado de Minas Gerais.

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