Câmara enterra plebiscito para 2014

A Câmara dos Deputados enterrou ontem a possibilidade de uma reforma política valer para as eleições de 2014. A proposta da presidente Dilma Rousseff de realizar um plebiscito ainda este ano para tratar da reforma foi rechaçada por quase todos os partidos e um grupo de trabalho foi formado para tentar realizar uma reforma da Casa. A ideia inicial é de que, se a reforma caseira for aprovada, seja submetida a um referendo popular nas próximas eleições, só valendo em 2016. Isso, se o eleitor der o aval para ela.

O grupo terá 90 dias para fazer o que o Congresso não conseguiu em duas décadas. Na prática, venceu a tese de que o Legislativo não votará mudança no sistema que possa ameaçar a reeleição imediata dos próprios parlamentares. O próprio presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), definiu o plebiscito como "inviável". Segundo ele, não haveria tempo suficiente para se fazer a consulta até 5 de outubro, única forma de as mudanças valerem para as eleições do ano que vem.

Henrique disse que esse prazo não será cumprido nem se o PT conseguir apoio para apresentar um projeto de decreto legislativo convocando o plebiscito imediatamente. "Se surgir (a proposta) de plebiscito e conseguir as assinaturas necessárias, esta Casa não vai se furtar de examinar, mas sabendo que só valerá para as eleições de 2016".

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